quinta-feira, 29 de julho de 2010

Retratos do Mundo

É na rua que se conhecem as pessoas. As verdadeiras. Aquelas que têm vida. Aquelas que são deliciosas de observar. Aquelas que sentem. Aquelas que têm vidas que nós, provavelmente, nem imaginamos existirem. As que já passaram por muito. Fazem-me ficar com a lágrima ao cantinho do olho, muitas vezes. Também me arrependo muitas vezes de me enfiar dentro dos meus livros e de não aproveitar os momentos únicos, em que nos cruzamos com gente, gente para quem dá gosto olhar. Só por olhar. Imaginar as suas vidas. Das melhores coisas da vida, para mim. A verdade é que, depois da lágrima ou da troca dum sorriso, eu enfio-me no conforto da minha casa. E eles...eles, muitos deles, com certeza, continuarão em vidas que lhes faz perder o brilho nos olhos. E tantas vezes dá vontade de os abraçar ou dizer algo bonito, só porque sim. Porque essas coisas não são coisas. E melhor: nem se pagam. Vou ter saudades das minhas viagens de autocarro, metro e táxi. Vou ter saudades de vos olhar. Sei bem disso.

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