E' fascinante quando sinto que as coisas fazem sentido dentro de mim, sao assim como que momentos de profunda inspiracao que vem do nada, em que nao estou nem muito cansada nem muito descansada, nem tive um debate agora mesmo que me tenha feito sentir a borbulhar de ideias, li umas coisas e aquilo parecia tudo encaixar. Nada se perdia, nada estava de fora, nao havia caixas a fazer a separacao entre as diferentes areas ou interesses da vida, nao havia escaloes ou classes, tudo absolutamente tudo se encaixa na perfeicao. Talvez porque nao sao assim tantos estes momentos, na verdade, faz-me sentir que tenho que escrever absolutamente tudo o que me passa pela cabeca nesse momento, sob risco de perder alguns pontos importantes na minha evolucao como ser humano. E-me facil desfocar, o multitasking (nao sendo totalmente real), tocar em varios temas mas ao mesmo tempo nao me focando em nada. Nestes momentos de pura inspiracao tudo encaixa, nao ha duvias de como o meu hemisferio direito se encaixa com o meu hemisferio esquerdo do cerebro. Esta tudo ligado. Somos mais emocionais em determinados momentos, e mais racionais nos outros, e ainda uma mescla de ambos em tantos outros. E isso e' a natureza humana, quando se da a liberdade de se deixar fluir, em vez de se punir ou criticar ou forcar a encaixotar-se. Quero deixar fluir sempre, com estrutura, sem gloomy places, mas deixar fluir. Como os grandes pensadores da nossa era, deixam o pensamento livre. Ele devolve sempre conhecimentos ou questoes essenciais a nossa existencia e evolucao.
Sendo assim, o momento de tomada de decisao de fazer um MBA ou nao tem-me feito pensar muito, por isso talvez e' o topico do momento na minha cabeca, de como encaixar as pecas do meu puzzle, fazendo um MBA. Entao...
Nao quero fazer um MBA por ambicao desmesurada.
Nao quero fazer um MBA por puro capricho.
Mas, mais ainda, nao quero deixar de fazer um MBA por falta de auto-confianca de que o vou conseguir fazer ou por duvidar que o vou conseguir pagar ou que nao sou inteligente o suficiente para o conseguir. Sou capaz, tenho mais e' que acreditar na minha capacidade intelectual e de trabalho. Estrutura, a Florbela falou-me de estrutura. E sinto que vai ser um ano de preparacao para essa estrutura sim.
Ainda assim, nao sei se um MBA me vai dar respostas as minhas perguntas.
Acredito que fazer um MBA sera mais uma questao de ego, se e' que a validacao externa aqui conta como factor.
Nao de me fazer sentir importante perante os outros.
Mas de me fazer sentir importante perante mim mesma.
Sim, mesmo que venha em pate duma percepcao do mundo exterior.
Mas em muito sera do meu mundo interior. De vencer barreiras, de saber que consegui, que nao tive que ser um Einstein para o fazer, que Psicologia de facto nunca foi a minha praia (pelo menos, nao so), que consigo mais, que tenho de facto capacidade para muito mais.
Sera talvez uma validacao para mim propria que as pecas finalmente encaixam. Os anos a queixar-me dos meus pares de RH me fazerem sentir limitada/ estagnada (aka o que a senhora na meditacao em Warren St me disse....caminho limitado e que nao leva a diferentes sitios para tras/ caminho de luz em frente. A decisao vai ser tomada muito facilmente basta conseguir sentir, ouvir o seu coracao. - pessoa de IT btw).
Acho que nao quero ir fazer o MBA em Espanha ou em Portugal. Talvez ate nem em Londres. Preciso sair daqui por um periodo, quero explorar mais mundo, ter desculpa para ir, sabendo que vou voltar. Quero sentir que nao me limitei a Europa, que nao vivi a minha vida toda entre Portugal e UK. O mundo e' tao grande! A adaptacao aqui foi dificil, porque vim com a postura de que vinha para a vida, nao acredito mais nisso, mas sei que se me mudasse de malas e bagagens para outro sitio, iria novamente sentir o peso de mudar tudo fisicamente, da distancia a que esta de casa mais uma vez, como isso iria influenciar os meus Pais e amigos, iria ter que passar pelo processo de fazer novos amigos novamente, de construir de novo uma vida nalgum novo lugar. Isso custa, isso pesa, e dificil. O que quero e' que as experiencias daqui para a frente sejam leves. Se me voltar a mudar para algum lugar do mundo, quero sentir que posso voltar a Londres, que a minha casa continua a ser a minha casa, que posso bem explorar mundo enquanto a base seja x (no caso, Londres). E isso na me deixa ansiosa, sao 6 meses aqui, 3 meses ali, e depois volto ao poiso que me da estabilidade.
Quero olhar para tras e entender porque estava sempre a ser tao emocional ou exteriorizar as coisas de forma emocional (para amigos, via facebook, etc). Quero ter mais auto-confianca de acreditar em mim, nas minhas capacidades, na minha forma de ver o mundo, na minha intuicao (relembrar o artigo em que muitas vezes o momento em que a aprendemos a calar foi na infancia, quando um dos nossos progenitores teima em dizermos que esta mal, que nao nos devemos comportar assim...)
Meditacao encaixa com MBA sim. Consultoria de gestao encaixa com mindulness. Espiritualidade encaixa com o mundo financeiro. Jornais de negocios encaixam com chakras. Tudo esta interligado. Tudo faz sentido como big picture. Ha e' momentos para tudo. O mundo corporativo nao importa mais do que o saber sentir internamente. Mas a espiritualidade somente nao traz estrutura para a nossa vida. E' o conjunto de tudo, na liberdade da escolha, na abrangencia das infintas possibilidades, que transformam cada experiencia individual numa vida. E eu sempre quis viver a serio, nao encaixar-me num cubo e fingir que vivo. Acredito que parte desta minha constante revolucao de ideias e emocoes e' a razao pela qual nao me consigo definir muito bem, ou sentir que "pronto, agora sim, vou casar e ter filhos.". A vida nao e' isso. Nao acredito que somente a coragem me trouxe ate aqui, apesar de me considerar corajosa qb. Acredito mais que a minha tremenda incapacidade de me encaixar nos moldes pre-definidos pela sociedade me forcam (nao e' um processo meiguinho), me forcam a serio (internalmente, claro) a mudar, a sair da minha zona de conforto.
Afinal, eu sei (relembrar conversa com a Neena) que os meus medos so existem porque muitas vezes duvido de ter a capacidade interna de resolver o erro/ desapontamento/ desilusao, caso esse aconteca. Assim que acredito que, "no matter what", vai ficar tudo bem. Eu sei que vai correr tudo bem no final, de costas ou de barriga, vai. E "so" essa crenca e' de tal forma forte e poderosa, que faz com que
Mandar msg a Carlos a agradecer 3 pontos que me tocaram
Mandar msg a Peggy e Rita sobre meditacao
Escrever pontos de toque com Neena: vulnerabilidade/ ter espaco cheio dentro de nos para nos alimentar no caso do pote externo nao o ter feito (ou ter falhado, por alguma razao) + "embrance, not escape"/ "own the emotion", nao fujas dela - foi a 1a vez que me fez sentido entender como se interpreta.
sexta-feira, 11 de março de 2016
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